O Recolhimento dos Sentidos: onde o sentir nos basta.

 Imagine que os nossos sentidos são como antenas que captam informações do ambiente em que estamos, no sentido da defesa e do conhecimento , essas anteninhas estão ligadas 24 horas, caso você não saiba que pode direcioná-las. 

Semana passada, entramos em contato com os conceitos de Dharana e Dhyana, Concentração e Meditação, hoje vamos explorar o conceito de Pratyahara, o recolhimento dos sentidos. 

Os cheiros, o toque dos pés, das mãos podem nos levar ao passado, a emoções agradáveis e desagradáveis. A visão nos capta profundamente por meio das telas, assim como os sons, involuntariamente já estamos envolvidos com conteúdos que podem nem ser tão interessantes para nós, mas possuem recursos para captar mais amplo e diverso público. 

As informações dos sentidos são traduzidas pela mente que, muitas vezes, produz uma série de pensamentos, uma parte úteis, mas uma boa parte pode nos gerar reações nem sempre proporcionais às situações. Inseguranças desnecessárias, medos, fobias, preparações que não fazem sentido e até mesmo distanciamentos de situações e pessoas que poderiam ser evitados.

Podemos escolher as informações que nos penetram, cheiros, sons, imagens, toques. Só de entrar em contato com esse conhecimento o seu exercício fica mais fácil. A partir do comando mental e da sustentação do foco em uma âncora, que pode ser sua respiração, as sensações que acontecem em uma parte de seu corpo, assim como no fluxo de pensamentos, podemos direcionar os nossos sentidos para a experiência dessa âncora, refinando a nossa percepção interior e reduzindo a quantidade de informações captadas de fora. 

Ao mesmo tempo, podemos escolher uma dieta mais natural possível, diversa e com menos produtos estimulantes que nos favoreça um sono reparador e uma mente menos acelerada por esses produtos. 

É IMRESCINDÍVEL SABER DIZER "NÃO", MANTER RELACIONAMENTOS QUE TE FAÇAM BEM, AGREGUEM CONHECIMENTO, AFETO E PRESENÇA.

"É impossível controlar as impressões mentais e os conteúdos do pensamento sem ter uma dieta correta e relacionamentos construtivos. Porém, a importância do pratyáhára está no controle das impressões sensoriais, que permite que a mente se volte para o interior" (Pedro Kupfer).

Tente, primeiramente, fazer esse exercício em um período pequeno de tempo e depois vamos expandindo esse movimento para o nosso dia-a-dia.

 Aqui estamos destrinchando processos psicofísicos que impactam tanto nas nossas emoções e pensamentos, na forma como vivenciamos as situações, quanto nas nossas escolhas. Reduzir a quantidade de informações difusas que recebemos e processamos no dia-a-dia é um movimento para a saúde e nos leva, gradualmente para o presente, onde a vida acontece.

Pode acreditar, o presente pode ser o lugar de conceito algum, onde as informações não precisam ser decodificadas pela mente, onde não é preciso estar em alerta, onde podemos só sentir, onde o sentir nos basta. 


Abraço de Sófi. 

Referências: Predro Kupfer. Pratyahara, o elo perdido do Yoga. Em: https://www.yoga.pro.br. 

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