A Constante Auto-observação
O autoconhecimento depende de um observar constante, que não é da mente, mas da consciência (caso você tenha dificuldade de entender a diferença entre elas leia: ), desde a respiração, princípio vital em seus múltiplos gradientes de expressão, até às posturas que assumimos no trabalho, família e sociedade, a consciência é dimensão observadora, olha de fora, sob olhar amplo, e percebe os pequenos detalhes.
Para o autoconhecimento, cada poro deve estar receptivo para o processo, assim como cada neurônio, células das mais diversas partes do corpo. Onde dói, onde existe peso, onde existe calor ou frio, quais os movimentos fisiológicos presentes naquele dia. Essa observação é imensamente importante para compreendermos as reações do nosso corpo às emoções, às pressões, à sobrecarga, à exposição, às diversas situações que nos causam estresse na rotina.
Postura, não somente a da coluna é objeto de observação para alinhamento, uma ação orientada por pensamento claro, firme e integrado concretiza postura, quando a auto-observação se estabelece para além da “prática comum do Yoga”, quando ela transborda no cotidiano, é que o ser humano pode acessar sua potência.
A
auto-observação é princípio e fim do autoconhecimento, uma
prática de Yoga destituída dela esvazia-se de sentido profundo, na
superfície firma-se como produto, alimentando os caminhos sedutores
do distanciamento do si mesmo. O Yoga como Filosofia de Vida, nos habilita a sempre observar nossos comportamentos e ações, por meio do exercício de foco, concentração, percepção do corpo, das emoções, sentimentos e pensamentos, sempre conectando respiração consciente e observação acurada.
Quantas vezes você passa o dia sem perceber como está seu corpo? Você consegue identificar o que está sentindo? Você sabe o que te faz bem ou mal? Ou quando dizer "não"? Só é possível responder tais perguntas se você estiver sempre na auto-observação. Como você poderá mudar um comportamento ou decidir com mais segurança e efetividade se você não sabe responder perguntas como as anteriores?
Com olhos fechados ou abertos, sentidos despertos ou adormecidos, a consciência se move no sentido da auto-observação, orientando a mente ao foco, ao aquietamento, à síntese e à profundidade. Firme concentração, esta dimensão transcendente e abre olhos do corpo inteiro.
O Yoga é tornar a consciência protagonista, dançarina equilibrista, seguindo o movimento de um fio invisível, em um estado de presença do ser, de inteireza e de fusão com a vida, ao som das músicas sutis, fluindo na coreografia do Universo.
Abraço de Sófi.
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